Saúde cerebral no envelhecimento
11 | março | 2019 | Postado por: Dra Marcela Verbena
No envelhecimento cerebral, uma teoria correlativa vem crescendo e se refere à disfunção nas mitocôndrias – as potências geradoras de energia nas células. A teoria é que uma vez que apresente sua eficácia reduzida, ocorre um excesso de espécies reativas de oxigênio indutivo ao estresse ou radicais livres que levam à morte celular neural.
Quando falamos em dano oxidativo estamos falando, consequentemente, sobre processo de inflamação crônica ou sistêmica, o que é apontado como marcador associado à diminuição do volume cerebral.
Esta neuroinflamação muitas vezes acompanha outras condições, como vida sedentária, obesidade, diabetes tipo 2 e condições vasculares. A resistência a insulina, associada a respostas inflamatórias crônicas, é uma características comum a todas as condições citadas.
Um estudo que durou 24 anos e contou com a participação de 1633 pessoas (com idade média de 53 anos) observou e acompanhou os níveis sanguíneos de cinco marcadores de inflamação.
Ao final do estudo, os resultados revelaram uma correlação elevada entre a inflamação sistêmica e a redução do tamanho das áreas-chave do cérebro, incluindo o hipocampo- Area central da memória do cérebro.
Referências:
Walker, Keenan A., et al. “Midlife systemic inflammatory markers are associated with late-life brain volume: the ARIC study.” Neurology 89.22 (2017): 2262-2270.